O governo Lula ainda não conseguiu tapar o rombo de R$ 40 bilhões com o fim da CPMF, mas já começou a implementar medidas para tentar melhorar a eficiência da máquina administrativa e tentar equilibrar as contas em 2009. Esse processo ganhou intensidade desde que o presidente Lula pediu, no início de janeiro, ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que acionasse medidas para a administração pública fazer mais com menos recursos. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter sugeriu a Lula que contratasse seu consultor favorito. E assim ele conseguiu finalmente o que era seu grande objetivo. Johannpeter tem obsessão com a questão da gestão. Então o governo Lula contratou o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), do consultor mineiro Vicente Falconi, para criação de parâmetros de gastos a serem aplicados a todos os ministérios. É um trabalho conjunto com a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e implica uma detalhada radiografia dos gastos de custeio do governo. O INDG terá 15 meses para achar meios de reduzir gastos com energia elétrica, telefonia, combustível, limpeza, conservação, segurança e outros itens do dia-a-dia. Ou seja, a merreca de gastos da administração pública. Mas, só com energia elétrica, a conta federal é de R$ 1 bilhão por ano. Em 2007, a fatura com limpeza, conservação e vigilância foi de R$ 1,8 bilhão, e com equipamentos de informática R$ 3,2 bilhões. Segundo o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, o contrato com o INDG ataca uma área estratégica da administração: “O INDG vai trabalhar no DNA das contas públicas, que é a Secretaria de Orçamento Federal. Eficiência é também uma forma de economizar recursos públicos”. Anote: essa economia vai gerar mais gastos.
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