No auge da Operação Condor (acordo feito no final de 1975 entre militares da América do Sul para combater opositores) a Argentina manteve bases em São Paulo e no Rio de Janeiro, formadas por membros do aparato repressivo de suas corporações, com o objetivo era "detectar pessoas vinculadas à 'subversão', controlá-las e informar sobre todos seus movimentos". Os militares baseados no Brasil estavam vinculados ao Batalhão de Inteligência 601, centro militar de interrogatórios e torturas localizado nos arredores de Buenos Aires. As revelações constam de um processo judicial aberto a pedido do Ministério Público argentino e que culminou, no último dia 18, na condenação de sete militares e um policial, incluindo o general Cristino Nicolaides, 83. Nicolaides foi condenado a cinco anos de reclusão e cumpre prisão domiciliar em Córdoba. O policial condenado é o famigerado Turco Julian (Julio Simon). Durante um bom tempo, na primeira metade da década de 80, ele se escondeu em Uruguaiana (RS), onde atuou como segurança do templo de charlatanice do "Pai Garrincha".
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