terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Dieese diz que preço da cesta básica subiu mais que salário mínimo em 2007
A alta do custo da cesta básica em 2007 superou em todas as capitais brasileira o reajuste do salário mínimo concedido em abril do ano passado, de 8,57%. Segundo pesquisa nacional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o custo da cesta básica oscilou entre 11,46%, em Curitiba, e 24,38%, em Aracaju. A alta dos preços dos alimentos determinou o comportamento do custo da cesta básica, informou o Dieese. O feijão foi o produto que mais subiu no ano passado nas 16 cidades que integram o estudo, com destaque para o chamado "feijão de cores", cujo aumento de preço superou 200%. O produto atingiu as maiores variações em Natal (222,84%), Fortaleza (214,25%) e Goiânia (199,04%). No acumulado em 2007, além da capital de Sergipe, também apresentaram elevações superiores a 20% as cidades de Goiânia (24,21%) e Belém (20,90%). Brasília (12,44%), Florianópolis (13,18%), Rio de Janeiro (13,46%) e Porto Alegre (14,33%) ficaram abaixo dos 15% de variação. Segundo o Dieese, o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família (com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência) seria, em dezembro, de R$ 1.803,11. A quantia apontada é 4,75 vezes o valor do salário mínimo e quase R$ 80 a mais que o apurado em novembro, de R$ 1.726,24 (que correspondia então a 4,54 vezes o mínimo em vigor, de R$ 380,00). Segundo o Dieese, a elevação dos preços dos produtos essenciais, verificada, em especial, ao longo do segundo semestre de 2007, fez com que, em dezembro, o trabalhador que ganha salário mínimo precisasse cumprir 106 horas e 09 minutos para comprar uma cesta básica. Na comparação com dezembro de 2006, o aumento é bem superior, pois o tempo de trabalho necessário correspondia, então, a 98 horas e 12 minutos.
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