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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Simon bate boca com Sarney na reunião de senadores do PMDB
Os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Pedro Simon (PMDB-RS) travaram um duelo verbal na reunião desta terça-feira, da bancada de senadores peemedebistas em que foi escolhido o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) para presidir o Senado. Simon partiu para o ataque logo de saída, ao apresentar oficialmente sua candidatura. "Tenho sido discriminado no PMDB nos últimos dez anos. Recebi um manifesto de apoio com a assinatura de 34 senadores que o partido nem sequer levou em consideração", reclamou. "Sou discriminado pelo Lula, pelo líder do partido (senador Waldir Raupp, de Rondônia) e pelo Sarney", acrescentou. Rubro de raiva, Sarney reagiu, cobrando justiça do senador gaúcho, conhecido por ter feito voto de pobreza e ter aderido à Ordem de São Francisco de Assis. "Vossa Excelência é um franciscano, mas procede aqui de maneira diferente. Um franciscano não pode ser injusto", cobrou Sarney. "Sou franciscano e rezo por Vossa Excelência todo dia", respondeu Simon, ante o olhar incrédulo de Sarney. Mas o gaúcho não parou aí. "Quando Sarney foi para o governo, pensei que o PMDB estivesse no governo, e não estava", provocou. "Nunca ninguém me ofereceu nada aqui no Senado. Zero!", protestou Simon. Ele foi imediatamente contestado pelo senador Wellington Salgado (MG): "Não é o que eu sei. Me lembro que, quando Renan Calheiros foi líder e Sarney presidente do Senado, lhe foi dito que escolhesse o que quisesse, que comissão gostaria de presidir. E o senhor disse que não queria nada”. Simon elevou o tom e acusou Sarney de recusar os apelos de Lula para que presidisse o Senado, porque se trata de um mandato-tampão, de apenas um ano. "O que o Sarney quer é se candidatar daqui a um ano para se reeleger e passar quatro anos na presidência do Senado", atacou mais uma vez Simon. Sarney reagiu recomendando a Simon que se tranqüilizasse. "Não serei candidato a nada. Nem daqui a um ano, nem nunca mais na minha vida”.
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