quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Processos de execução de hipotecas atingem maior nível desde 1986 nos Estados Unidos

A taxa de hipotecas que já entraram em processo de execução nos Estados Unidos atingiu o nível mais alto desde 1986, chegando a 0,78% do total de contratos no período de julho a setembro deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação de Bancos de Hipoteca. O resultado revelado nesta quinta-feira supera a taxa registrada no trimestre imediatamente anterior, de 0,65% do total de contratos. No terceiro trimestre de 2006, a taxa havia ficado em 0,32%. Segundo a associação, 5,59% dos proprietários estavam com os pagamentos de suas hipotecas atrasados em pelo menos 30 dias no trimestre passado, contra 5,12% no segundo trimestre. A taxa de hipotecas na categoria conhecida como ARM ("adjustable-rate mortgages", ou hipotecas com taxas ajustáveis) em processo de execução atingiu a marca recorde de 4,72% dos contratos no terceiro trimestre, contra 3,84% um trimestre antes. A porcentagem de pagamentos atrasados nessa categoria ficou em 18,81%, contra 16,95% entre abril e junho. O economista-chefe da associação, Doug Duncan, disse que as execuções de hipotecas e os atrasos de pagamentos devem continuar em patamar elevado nos próximos trimestres. Segundo ele, alguns fatores contribuíram para o quadro negativo no trimestre passado: queda nos valores dos imóveis; o reajuste das taxas de juros dos contratos; a redução na oferta de crédito; e a desaceleração mais acentuada em algumas partes do país. O governo americano elabora um plano para congelar as taxas de juros para determinados tipos de contratos de hipotecas de risco (chamadas de "subprime") por cinco anos, para evitar um aumento excessivo nos despejos de proprietários inadimplentes. A pesquisa da Associação de Bancos de Hipoteca considera dados referentes a mais de 45 milhões de contratos de financiamento imobiliário nos Estados Unidos.

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