quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Mônaco adia mais uma vez decisão sobre extradição de Salvatore Cacciola
O Tribunal de Justiça de Mônaco adiou mais uma vez nesta quinta-feira o julgamento do pedido de extradição do banqueiro Salvatore Cacciola feito pelo governo brasileiro. A próxima audiência foi marcada para o dia 31 de janeiro de 2008. Pasme: o adiamento foi causado dessa vez pelo fato de o tribunal de apelações ter considerado "excessivamente precária" a tradução dos documentos apresentados pelo Ministério da Justiça brasileiro em outubro passado. Ou seja, o texto enviado pelo Ministério da Justiça é inelegível em francês. É inacreditável, mas o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores não têm tradutores decentes. Como é que um país pode pretender relacionamentos internacionais proveitosos com incapazes dessa monta? Uma nova tradução, dessa vez feita por especialistas franceses, será apresentada ao tribunal. A procuradora-geral de Mônaco, Anne Brunet-Fuster, demonstrou descontentamento com o adiamento. A audiência desta quinta-feira foi marcada por prolongadas discussões entre os três juízes do tribunal. Foi a mais longa de todas, com uma duração de 2 horas e 10 minutos. O parecer da Justiça ainda precisará ser analisado pelo príncipe Albert II, a quem caberá a decisão final.
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