domingo, 23 de dezembro de 2007

Morre militar punido por crimes da ditadura argentina

Um ex-repressor condenado na terça-feira passada a 25 anos de prisão por crimes cometidos durante a ditadura argentina (1976-1983) faleceu em um hospital de Buenos Aires, dez dias depois da morte por envenenamento de outro militar preso por violações dos direitos humanos. Santiago Hoya, de 83 anos, ex-membro do Batalhão 601 dos serviços de inteligência do exército argentino, foi encontrado morto quinta-feira no Hospital Militar de Buenos Aires. A causa da morte foi uma parada cardíaca, conforme uma fonte militar. Hoya havia sido condenado junto com outros sete militares, entre eles o ex-comandante do exército Cristino Nicolaides, a penas de 20 a 25 anos de prisão por violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura. O juiz federal Ariel Lijo ordenou a realização de uma autopsia para determinar as causas da morte de Hoya, que não estava presente no momento de sua condenação e estava até a semana passada em prisão domiciliar em Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires. Lijo quer eliminar qualquer suspeita de que a morte não tenha sido por causas naturais, depois do falecimento misterioso do ex-repressor Hector Febres, envenenado com cianureto três dias antes da divulgação de sua sentença.

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