A ex-premiê e líder opositora no Paquistão, Benazir Bhutto, foi assassinada nesta quinta-feira, com tiros no pescoço e no peito. O pistoleiro também se explodiu a seguir, matando cerca de 20 pessoas no atentado, que ocorreu minutos após Bhutto dirigir-se a um grupo de milhares de apoiadores na cidade de Rawalpindi. Benzir Bhutto chegou a ser hospitalizada, mas chegou a hospital com morte cerebral e morreu às 18h16 do horário local. A notícia de sua morte foi seguida de forte comoção. Em frente ao hospital, apoiadores de Benazir Bhutto eram vistos quebrando os vidros das janelas e expressando raiva. Outros apenas choravam. Alguns dirigiram xingamentos ao ditador do Paquistão, Pervez Musharraf, principal adversário da ex-premiê, e o grande interessado na morte dela. Em Karachi, lojistas fechavam seus estabelecimentos, enquanto manifestantes saíam às ruas. Logo após a confirmação do assassinato da ex-premiê, Musharraf convocou um encontro de emergência com seus ministros para "discutir todos os aspectos da tragédia nacional". A expectativa é que o governo anuncie um adiamento nas eleições parlamentares, marcadas inicialmente para o dia 8 de janeiro. Adversária de Musharraf, Benazir Bhutto, de 54 anos, era a figura política mais conhecida no país. Ela ficou à frente do governo entre 1988 e 1996. Desde seu retorno, em outubro, após oito anos de exílio, ela liderou uma série de manifestações contra o governo.
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