quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Rombo causado por fiscais do ICMS do Rio de Janeiro chega a R$ 1 bilhão

A operação Propina S.A., deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e pelas secretarias estaduais da Fazenda e da Segurança, já prendeu 24 suspeitos de sonegação fiscal. O rombo causado pela ação coordenada por fiscais da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro chegou a pelo menos R$ 1 bilhão. O procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, não informou o tempo de atuação da quadrilha, mas adiantou que o rombo é pelo menos três vezes superior ao do escândalo do "propinoduto", em que fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro mandavam para o Exterior dinheiro desviado de empresas. Segundo o secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, Joaquim Levy, o valor desviado pela quadrilha seria suficiente para custear a folha de pagamento da educação durante seis meses. Dos 31 mandados de prisão expedidos, 24 já foram cumpridos nesta quarta-feira. São 11 fiscais investigados (dez presos), seis empresários (quatro presos) e sete contadores (seis presos). Os outros sete investigados, segundo Vieira, são "terceiros envolvidos no esquema". Desses, quatro estão presos. Outros dez fiscais foram afastados e estão sob investigação. A investigação foi iniciada há pouco mais de um ano e envolveu 380 homens entre policiais civis e militares e promotores de Justiça. As escutas telefônicas resultaram em 2.356 horas de gravações. Marfan Vieira disse que foi produzido um farto material que não deixa dúvidas sobre a participação dos acusados. O fiscal Francisco Roberto da Cunha Gomes, conhecido como Chico Olho de Boi, é considerado o líder do esquema. Vieira afirmou que ele vendeu uma mansão em Angra dos Reis para o traficante colombiano Juan Carlos Abadía no valor de R$ 4 milhões.

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