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quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Mais um personagem para o fio desemcapado do setor elétrico gaúcho
Videversus recebeu informações de que mais um personagem deve merecer as atenções da Polícia Federal, que está realizando a Operação Curto-Circuito, que investiga a fraude dos avais bancários na CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica). O personagem é Paulo de Tarso Lima Dutra. Ele é empregado da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), e desenvolve atualmente a função de Secretário-Geral da companhia, a mais importante abaixo do presidente da empresa, cargo que tem muito poder. É assessor direto, da confiança do presidente da estatal, o economista Delson Martini, este pessoa da estrita intimidade e confiança da governadora Yeda Crusius, a ponto de transacionar em nome dela os seus bens móveis e imóveis. Paulo de Tarso Lima Dutra, atualmente, é filiado ao PSDB, e por isso ganhou o cargo máximo na administração da CEEE para funcionários. Mas, já perambulou por diversos partidos; conforme o governo ele altera a filiação partidária, aderindo do PT ao ao PSDB, passando pelo PP, pelo PDT. Até recentemente ele se mostrava muito ligado a Antonio Dorneu Maciel, do PP, Diretor Administrativo da CEEE desde 2003, preso em 6 de novembro na Operação Rodin (Detran) pela Polícia Federal. No governo passado (Rigotto), Paulo de Tarso esteve cedido pela CEEE para a Secretaria de Minas e Comunicações, onde assessorava e mantinha estreitas relações com o Sub-secretário, Júlio César Magalhães, do PP, preso nesta quarta-feira pela ontem preso pela Polícia Federal, na Operação Curto-Circuito. No governo do PT (Olívio Dutra), Paulo de Tarso esteve a serviço de Carlos Marcelo Cecin, que na época assessorava a Diretoria petista da CEEE. Carlos Marcelo Cecin também foi preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal, na Operação Curto-Circuito. De longa data, Paulo de Tarso Lima Dutra, o homem-chave da Presidência da CEEE, tem vinculações explícitas com diversos envolvidos nas rumorosas operações policiais dos últimos dias (Detran e CGTEE). Operações ocorridas na Secretaria de Minas e Comunicações e na CEEE nas últimas gestões administrativas tem a sua impressão digital. Videversus recebeu recomendação para investigar as obras de restauração ocorridas na Casa de Cultura Érico Veríssimo, da CEEE, em 2002 (gestão de Olívio Dutra e presidência de Vicente Rauber na CEEE, até hoje conselheiro na estatal elétrica gaúcha). Videversus também recebeu indicação para investigar a compra da nova frota de veículos pela CEEE, conduzida na administração de Antonio Dorneu Maciel. Há mais indicações recebidas por Videversus. Uma delas é sobre a COORECE - Cooperativa Riograndense de Eletricidade Ltda, agora investigada pela investigada pela Polícia Federal na Operação Curto-Circuito. Era esta "empresa" que iria operar as usinas construídas. Embora leve o nome de Cooperativa, a COORECE é uma sociedade limitada, de propriedade de dois empregados (ou ex) da CEEE: Alan de Oliveira Barbosa e Iorque Barbosa. Estes dois foram presos nesta quarta-feira na Operação Curto-Circuito. Alan Barbosa consta como diretor-presidente da Hamburgo Energia. A COORECE azeitou seus negócios com a CEEE na gestão do PT, quando multiplicou por muitas vezes o volume de suas faturas recebidas da estatal elétrica gaúcha. Na época, ocupava alto cargo na hierarquia da CEEE o amigo Carlos Marcelo Cecin, também preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal. Em 1999, a COORECE recebeu menos de 500 mil reais da CEEE; em 2002, recebeu três milhões e meio de reais. Com Marcelo Cecin no posto-chave da CEEE, a empresa COORECE multiplicou seus negócios de forma espetacular. A COORECE prestava serviços terceirizados de diversos tipos para a CEEE. Operação de subestações de energia elétrica, manutenção de redes de distribuição, vistorias em residências, serviços gerais em redes de distribuição de energia, entre muitos outros mais. Tinha muitos contratos com a CEEE, que deveriam ser prestados por empregados da CEEE. A empresa tinha uma proibição judicial de contratar mão de obra terceirizada, mas não cumpria desta decisão na famigerada gestão de Vicente Rauber.
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