quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ex-ditador argentino é processado pela Operação Condor

O ex-ditador argentino Jorge Videla e outros 16 ex-oficiais militares serão processados por conspirarem com outros governos sul-americanos durante a metade dos anos 1970, quando diversos golpes militares ocorreram na região. Na época, os governos militares de Argentina, Chile, Paraguai Brasil e Uruguai trocaram informações que levaram ao seqüestro e assassinato de dissidentes políticos. Essa conspiração é chamada de Operação Condor. Videla, que governou a Argentina de 1976 a 1981, já foi condenado por crimes contra a humanidade e sentenciado a prisão perpétua, mas não foi processado por sua participação na Operação Condor. O ex-general de 82 anos vem cumprindo sua sentença em prisão domiciliar desde 1998 devido a problemas de saúde e a sua idade avançada. O processo foi aberto em 1999 na Argentina por parentes de desaparecidos. Atualmente há 34 acusados, dos quais 27 já transformados em réus. Desses, dez estão sob prisão preventiva. Além disso, vários dos réus estão presos ou sob prisão domiciliar, cumprindo ou aguardando a condenação por outros crimes de lesa-humanidade. Videla e outros generais são acusados pelo envolvimento no seqüestro de mais de 70 pessoas durante a ditadura militar argentina, que durou de 1976 a 1983. Entre as vítimas está Maria Claudia Irueta Goyena, nora do poeta argentino Juan Gelman. Maria Claudia Irueta Goyena, apesar de grávida e de ser argentina, foi capturada em Buenos Aires e secretamente enviada ao Uruguai, onde foi assassinada pelas forças de segurança uruguaia. Sua filha nasceu e foi dada a uma família de militares. Órgãos de direitos humanos crêem que o último regime militar argentino (1976-83) sequestrou, torturou e assassinou cerca de 30 mil pessoas. Uma comissão independente obteve testemunhas para provar cerca de 11 mil casos.

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