quinta-feira, 29 de novembro de 2007

CPI do Detran RS sairá na próxima semana, com a assinatura de quase todos os deputados

O requerimento feito pelo deputado estadual Fabiano Pereira (PT) para a instalação de uma CPI destinada a investigar fraudes e desvios de recursos no Detran do Rio Grande do Sul já tem as assinaturas necessárias para ser apresentado. Mas, o seu autor vai segurar o requerimento até terça-feira, porque poderá contar com a adesão de todos os partidos e parlamentares gaúchos. O problema é que, agora, os partidos que fazem parte da base de apoio ao governo da governadora Yeda Crusius (PSDB) querem alteração no requerimento, para ampliar o período de investigação, de forma a alcançar o governo petista de Olívio Dutra. O presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Frederico Antunes (PP), partido que sofreu o maior impacto com a detonação da Operação Rodin pela Polícia Federal, tendo vários de seus maiores dirigentes presos, alerta que o Parlamento gaúcho deve entrar em recesso no dia 15 de dezembro, voltando ao trabalho somente em fevereiro, o que interromperia os trabalhos da CPI se ela começasse a funcionar agora. Ele também acha que a CPI será inócua em vista das investigações que já são desenvolvidas pela Polícia Federal. Frederico Antunes está enganado, uma CPI é sempre benéfica. A bancada do PP, o partido mais atingido pelas investigação da Operação Rodin, vai se reunir na terça-feira para decidir se concorda com a abertura da CPI. Para o deputado estadual Marco Peixoto, líder da bancada do seu partido, a resposta será negativa se persistirem os termos em que está proposta a CPI. Segundo Peixoto, a apuração tem de abarcar o período desde a criação do Detran. Marco Peixoto (na foto) deveria se declarar impedido de falar sobre a questão do Detran, porque empregou um filho seu na autarquia gaúcha que teve mais de 40 milhões de reais desviados por companheiros seus de partido, conforme acusação da Polícia Federal.

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