sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Cai o empresário Ronei Ferrigolo da presidência da Procergs

O empresário Ronei Martins Ferrigolo caiu da presidência da Procergs (Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul) nesta quinta-feira, devido ao seu autismo pollítico. Tudo começou no dia 5 de outubro, quando ele deu uma entrevista por telefone para o editor de Videversus, jornalista Vitor Vieira, explicando os seus planos de privatização de produtos e serviços da estatal gaúcha. No dia seguinte, pressionado pela corporação e pelos partidos políticos, ele desmentiu na íntegra a sua entrevista. Videversus passou a demonstrar, passo a passo, as suas vinculações, os seus compromissos e os seus desmandos, até que o autismo político (recusar-se peremptoriamente a ver e admitir o que estava ocorrendo a seu lado) o levou a um ponto sem retorno. E mais, ganhou amplidão porque, em sua onipotência, ele se isolou do restante da diretoria e passou a decidir tudo sozinho, como se fosse um imperador, esquecendo-se que presidia uma estatal, com diretoria colegiada. Em reunião com altos executivos da Secretaria da Fazenda, em sua onipotência chegou a comentar que não ficaria com um sequer dos atuais diretores, que em sua lista pessoal eles não entrariam nem entre os 50 primeiro preferidos. Deu no que deu. A crise se agudizou, especialmente, porque Ferrigolo quis, desde o ano passado, livrar-se de um assessor que havia ido ao mesmo tempo que ele para a companhia. Este funcionário foi pressionado para favorecer Ferrigolo. Por exemplo: durante um ano e meio o assessor foi obrigado a pagar, com recursos da sua remuneração, a mensalidade (contribuição diretiva) de Ronei Ferrigolo como diretor da Federasul (Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio Grande do Sul), onde ele é um dos vice-presidentes. O pagamento dessa mensalidade acabou representando um desembolso de total de R$ 3.570,00 para o assessor da Procergs. Ou seja, Ferrigolo queria ser vice-presidente da Federasul, mas não queria pagar de seu próprio bolso como fazem todos os outros diretores da entidade. E este assessor é o mesmo que havia negociado a sua nomeação como vice-presidente na Federasul. Ronei Ferrigolo pressionou o funcionário para pagar sua mensalidade depois de ter tentado, sem sucesso, que a Procergs pagasse a sua mensalidade na Federasul. Ele chegou a fazer esta consulta na estatal, e a área financeira pode provar.

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