quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cade condena quatro frigoríficos por formação de cartel

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) condenou nesta quarta-feira os frigoríficos Mataboi, Bertin, Franco Fabril e Minerva por formação de cartel. As empresas terão que pagar 5% do faturamento de 2004. A Friboi, que era investigada no mesmo processo, sugeriu ao Cade a assinatura de um acordo para encerrar as investigações. Com isso, a empresa pagará uma espécie de multa de R$ 13,7 milhões, além de adotar um programa de prevenção de condutas anticompetitivas. Na mesma sessão, a cimenteira Lafarge assinou acordo que encerra processo em que é investigada por combinação de preços. A empresa terá que pagar R$ 43 milhões, cerca de 10% de seu faturamento. A Lafarge terá também que implementar um programa de prevenção de infrações concorrenciais. A investigação de cartel continua para Votorantim Cimentos, Camargo Corrêa, Cimpor (Companhia de Cimentos do Brasil), Holcim Brasil, Itabira Agro Industrial, Soeicon e Companhia de Cimento Itambé. Se condenadas, a multa poderá chegar à casa dos bilhões. O conselho arquivou por falta de provas processo contra os frigoríficos Boicharque, Frigol, Estrela D'Oeste, Boifran, Marfrig, Tatuibi, Independência e também contra a Abiec (Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne). O administrador da Friboi Wesley Mendonça Batista e um funcionário do frigorífico Artêmio Listoni, investigados por participar do cartel, também assinaram acordo com o Cade e pagarão R$ 1,37 milhão e R$ 6,3 mil. Os acordos assinados pela Friboi e pela Lafarge são os primeiros desde a mudança da legislação que permitiu a assinatura desse tipo de documento em casos de cartel, em maio. Até hoje o Cade se nega examinar a formação de cartel na área do lixo no Brasil. Esse cartel é o mais corruptor da política brasileira.

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