sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sete constituintes da direção da Assembléia da Bolívia receberão ordem de prisão

A Promotoria do departamento boliviano de Chuquisaca (sul) anunciou nesta sexta-feira que emitirá nas próximas horas ordens de prisão contra sete membros da direção da Assembléia Constituinte, entre eles a presidente, Silvia Lazarte. A ordem será emitida porque os políticos não compareceram, por duas vezes, à Promotoria, para prestar depoimento sobre o motivo que os levaram a desacatar uma decisão judicial que os obriga a retomar o debate sobre onde devem ficar os poderes do Estado, se em Sucre ou em La Paz. O advogado dos constituintes, Ronni Mendizábal disse que eles não se apresentaram porque não estão em Sucre, mas em La Paz, onde participam das reuniões de um conselho político que há quase um mês tentar buscar acordos para salvar a Assembléia, paralisada desde meados de agosto. Esse conselho é integrado pelos onze diretores da Constituinte, representantes do Governo e a oposição, assim como o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera. Os sete participantes da assembléia estão sendo processados por desacatar uma decisão da Corte de Chuquisaca, departamento cuja capital é Sucre, que obriga a Assembléia a retomar o debate sobre a sede dos poderes do Estado, excluído da agenda do fórum pela maioria governista. Isso é a Bolívia, uma republiqueta “cocalera”, onde deputados constituintes, que tudo podem, em teoria, são submetidos à prisão por um tribunal inferior qualquer. A Bolívia é um arremedo de nação.

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