sexta-feira, 26 de outubro de 2007

PT adia votação de relatório da CPI do Apagão

Assustado com o poder de fogo do relatório final da CPI do Apagão Aéreo no Senado Federal, que pede o indiciamento de 23 pessoas, entre eles a ex-diretora da Anac, Denise Abreu, e aponta o ex-presidente da Infraero, Carlos Wilson, como “o chefe da quadrilha” em um escândalo de desvio de recursos de, no mínimo, R$ 500 milhões, o PT entrou com pedido de vistas para atrasar, pelo menos até terça-feira, a votação do relatório. O pedido foi feito pelo senador João Pedro (AM), único petista presente na reunião para leitura do texto. O adiamento foi a solução encontrada pelo Planalto para negociar a exclusão de pelo menos cinco nomes da lista dos possíveis indiciados. O governo Lula trabalha para retirar da lista o deputado federal Carlos Wilson (PT-PE), Eurico Loyo, José Wellington Moura, Marco Antônio Marques de Oliveira e Airton Esteves Soares. Braço direito de Carlos Wilson, Loyo aparece no relatório como um dos principais personagens do escândalo. O ex-assessor de Wilson fez pelo menos 325 ligações para construtoras (o equivalente a 556 minutos de conversa), segundo relatório final da CPI do Apagão Aéreo. Em 1.107 páginas, o senador Demóstenes Torres também solicita à Polícia Federal e ao Ministério Público que investiguem as contas de 18 empreiteiras e consórcios, devido a irregularidades em seis obras de aeroportos que movimentaram de R$ 973 milhões. “A quadrilha era liderada por Carlos Wilson e tinha como lugar-tenente Aristeu Chavez Filho que, embora fosse empresário do ramo de fruticultura, exercia grande influência sobre Fernando Brendaglia e Eurico Loyo, este homem de confiança de Carlos Wilson e seu assessor direto”, disse Demóstenes Torres.

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