sábado, 27 de outubro de 2007

Planalto critica proposta de petistas pelo terceiro mandato para Lula

O Palácio do Planalto reagiu nesta sexta-feira à movimentação de deputados da base aliada de encaminhar sugestões de Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que possibilitem um terceiro mandato para o presidente Lula. O governo negou de forma enfática qualquer possibilidade de trabalhar por um novo mandato para Lula, o que significa dizer que está trabalhando. Nesta sexta, o deputado Carlos William (PTC-MG) confirmou que em meados de novembro vai recolher 171 assinaturas necessárias para a tramitação de uma PEC que possibilite o terceiro mandato. O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos mais próximos aliados de Lula, também quer apresentar proposta neste sentido. O tema foi tratado como um "grande absurdo" dentro do Planalto, sinal de que é efetivamente “desejado”, restando apenas uma “questão de tempo” para lançar a proposta. A avaliação é de que o debate sobre um novo mandato para Lula seria um casuísmo e só prejudicaria o clima no Congresso Nacional para aprovar a prorrogação da CPMF, hoje, o principal desafio do governo. No governo, as propostas foram classificadas de "folclóricas". Também era “folclórico” o jovem deputado federal Dante de Oliveira quando apresentou a proposta de “diretas já”. A sequência do assunto foi o fim da ditadura militar. O deputado Carlos Willian disse que está elaborando um texto que possibilita uma nova reeleição para todos os detentores de mandatos em cargos executivos. Se for aprovada, a PEC beneficiará atuais prefeitos e governadores, além de Lula. Segundo Willian, a possibilidade de um novo mandato só seria oferecido para os atuais mandatos. Sua proposta inclui o fim da reeleição para os próximos mandatos. Ele também defende um mandato de cinco anos. Diz ele: “Não vou ter dificuldade para conseguir as 171 assinaturas necessárias para a PEC. Hoje há um sentimento favorável na Casa de um terceiro mandato para o presidente Lula. A única coisa que estou fazendo é o de possibilitar uma nova reeleição para Lula. Não vejo que isso seja motivo para constrangimento”.

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