domingo, 28 de outubro de 2007

Dono da Gol, Nenê Constantino, tenta agredir fotógrafo em Brasília

Acompanhado de um advogado, vestindo uma camisa social branca e uma calça preta, o empresário Nenê Constantino, dono da GOL, desceu na sexta-feira de um jipe preto Nissan, modelo XTERRA SE, placa JGK 8203, no estacionamento da sede da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil, em Brasília, para prestar depoimento. Ao se ver cercado por cerca de 30 jornalistas, entre repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, ele perdeu o controle. Primeiro, apanhou uma pedra no chão e ameaçou jogá-la em Alan Marques, fotógrafo do jornal Folha de S. Paulo. Depois tentou derrubar a câmara de Alan Marques no chão. Agressivo, saiu empurrando os jornalistas até conseguir entrar no prédio. Ele compareceu na polícia para explicar a origem do cheque de R$ 2,2 milhões que deu ao então senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), em março último. Roriz disse que Nenê lhe emprestou o dinheiro para a compra de uma bezerra de R$ 350 mil. E que ele lhe devolveu o troco. Foi por causa disso que Roriz renunciou ao mandato, escapando de ser cassado por quebra de decoro. A mesma truculência que Nenê Constantino aplicou contra os jornalistas a sua companhia, a Gol, aplica contra os passageiros nos aeroportos, sujeitos a todos os vexames, sem qualquer explicação. A aviação comercial brasileira, depois da liquidação da Varig pelo PT, tornou-se uma história de bucaneiros modernos.

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