segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cristina Kirchner tem ampla vitória na Argentina

A senadora Cristina Kirchner é a candidata à presidência que lidera a corrida eleitoral em seu país com 42,25% dos votos, após 9,64% das seções eleitorais apuradas. Ela disse, na noite deste domingon que a "provável" vitória nas eleições com uma grande diferença de votos não a coloca em "lugar privilegiado". "Ao contrário, estamos assumindo uma grande responsabilidade com o povo argentino", afirmou em discurso feito no hotel Continental, em Buenos Aires. A candidata falou como vencedora do pleito e disse que é necessário "reconstruir o social dos argentinos". Afirmou Cristina Kirchner: "Temos que reconstruir essa nação que já passou por auto-destruição. Em 2003, a reconstrução desse país parecia impossível. As melhorias obtidas pelo país não são resultado de um partido ou governo, mas sim da participação de trabalhadores, intelectuais e cidadãos que se uniram para mudar o rumo da Argentina". Acompanhada do atual presidente, seu marido Nestor Kirchner, ela agradeceu pelo apoio recebido. A legislação argentina prevê que para que um candidato ganhe as eleições em primeiro turno deve obter 45% dos votos ou ter 40% mais dez pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado. Cristina Fernández de Kirchner será a primeira mulher eleita presidente na Argentina. O fato ainda cria uma outra situação inédita na região: o presidente Nestor Kirchner passará o poder à própria mulher. Para conquistar a vitória no primeiro turno, Cristina Kirchner necessita de pelo menos 40% dos votos com mais de 10 pontos percentuais à frente de seu rival mais próximo ou de ao menos 45% dos votos. A intenção de votos para Elisa Carrió está na casa dos 20%. O próximo mandato presidencial na Argentina começa no dia 10 de dezembro e entre os maiores desafios para quem conseguir o cargo será lidar com a inflação, a crise energética e o aumento da violência. Além de presidente e vice-presidente, os argentinos elegerão 130 deputados nacionais (mais da metade do total) e 24 senadores (um terço dos integrantes da Câmara Alta), além de 218 deputados para nove Províncias e 63 senadores em oito destas. Esta é a sexta vez consecutiva que a Argentina escolhe seu presidente desde o retorno à democracia, em 1983, depois do último período de ditadura militar iniciada em 1976. Este é o período mais extenso em regime democrático registrado no país desde a adoção do voto obrigatório, secreto e universal, em 1912.

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