Riquinhos acusados de espancar doméstica na Barra recebem uma segunda denúncia

Os cinco riquinhos da Barra da Tijuca, filhinhos de papai rico que espancaram a doméstica Sirlei Dias Carvalho, em junho, no Rio de Janeiro, vão ser julgados também por lesão corporal grave, além do roubo qualificado, com concurso de agentes, como era a denúncia inicial. O promotor da 38ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, André Ricci, incluiu o laudo do Instituto Médico Legal, que mostrou que Sirlei ficou afastada do trabalho por mais de 30 dias. De acordo com a lei, só configura a lesão corporal grave quando a vítima fica incapacitada de exercer suas atividades por mais de um mês. Como a polícia entregou o inquérito à Justiça antes de completados os 30 dias da data da agressão, os jovens não haviam sido denunciados pela lesão corporal grave. Se forem condenados, os cinco rapazes de classe média alta podem ficar presos por até 15 anos. Antes, a pena máxima era de 10 anos. Dos cinco acusados, quatro filhinhos de papai rico (todos são moradores de condomínios de alto luxo da Barra da Tijuca) aguardam julgamento presos. A Justiça concedeu habeas-corpus ao riquinho que guiava o carro na noite da agressão, Felipe Macedo Nery Neto, que teria permanecido no carro. Na próxima terça-feira haverá novo interrogatório dos riquinhos Rubens Arruda, Rodrigo Bassalo, Júlio Junqueira, Leonardo Andrade e Nery Neto na 38ª Vara Criminal.