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domingo, 2 de setembro de 2007
PT quer estatizar Vale do Rio Doce e investigar mensalão mineiro
O PT defendeu, no sábado, a realização de um plebiscito popular para questionar a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Também decidiu que vai pedir à Procuradoria Geral da República que agilize o processo de investigação do que os petistas chamam de "mensalão" mineiro. O partido quer apuração das denúncias de caixa 2 na eleição de 1998 para o governo de Minas Gerais, disputada por Eduardo Azeredo (PSDB). A aprovação da proposta que pretende a estatização da Vale do Rio Doce foi comemorada pela ampla maioria dos delegados presentes no 3º Congresso do PT que entoaram, como um grito de guerra: "a Vale é dos trabalhadores". Cínico como é, o PT disse que não deverá se manifestar quanto à postura a ser tomada pelo governo federal. Os integrantes do partido questionam a legitimidade da venda da empresa realizada em 1997, pelo governo Fernando Henrique Cardoso. O PT defende que a privatização foi fraudulenta porque a companhia foi vendida por R$ 3 bilhões e atualmente vale R$ 50 bilhões. No sábado também foi decidida a promoção de uma reforma política com auxílio da chamada democracia direta, que tem como ponto principal a participação da sociedade nas decisões sobre a política do Brasil. Os petistas querem a reforma por meio de uma Constituinte exclusiva. Ou seja, uma reforma da Constituição como promovida na Venezuela e na Bolívia, para perpetuar os tiranetes Hugo Chavez e Evo Morales. Aqui seria para perpetuar Lula na presidência da República. O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) disse que "depois de muitos anos militando, nós temos certeza de que o sistema político atual está falido". Fontana argumentou que o atual regime permite "campanhas multimilionárias financiadas pelo setor privado que depois cobra favores dos eleitos". Ele entende bem disso, porque a campanha de seu partido no Rio Grande do Sul foi absolutamente milionária, financiada com recursos do Mensalão, originários do cofre de Marcos Valério.
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