Petistas réus do processo do Mensalão dizem querer julgamento rápido

Os petistas réus no processo do Mensalão aproveitaram o 3º congresso do PT para reafirmarem que são inocentes e que esperam ter a chance de se defender das acusações de ligação com o esquema de compra de votos de parlamentares da base para aprovar projetos do governo Lula. O ex-deputado federal Professor Luizinho (PT-SP) disse que indiciamento não é julgamento: "O que me deixa muito tranqüilo é que agora vou poder me defender através das provas que estão no processo. Gostaria que esse processo fosse rápido”. O deputado federal João Paulo Cunha disse que entregaria seu mandato para não passar por essa "tormenta": "Eu deixaria todos os meus mandatos, toda minha militância política para não ter tido nenhum minuto dessa tormenta, que é muito dura. Acabei de ser o deputado mais votado do PT. Se pudesse dar meu mandato para não passar por isso, eu daria". O deputado federal José Genoino (PT-SP), ex-presidente do PT, repetiu que é inocente: "Não recebi nada, não ofereci nada, os empréstimos são absolutamente legais e estou de cabeça erguida. Meu patrimônio é o mesmo há 24 anos, confio na Justiça e quero a verdade. O resto é com meu advogado". O presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), evitou criticar a decisão do Supremo ou a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República: "A decisão do Supremo é absolutamente democrática. O Supremo tem os elementos para tomar a decisão e nós podemos concordar ou discordar. Mas agora o processo está aberto e ninguém está condenado. É apenas processo preliminar, próprio do Poder Judiciário”.