terça-feira, 4 de setembro de 2007

Professora deixa o Irã após passar três meses na cadeia

A professora universitária Haleh Esfandiari, de 67 anos, deixou no domingo o Irã, seguindo para a Áustria. A Justiça do Irã a libertou no dia 21 de agosto, após o pagamento de uma fiança de mais de US$ 300 mil (mais de R$ 600 mil). A professora foi acusada de conspirar contra o governo iraniano. Esfandiari, que tem a dupla nacionalidade e morou nos Estados Unidos por mais de 25 anos, voltou ao Irã em dezembro para visitar sua mãe, que estava doente. Ela foi impedida desde então de deixar o país e encaminhada à prisão Evin de Teerã. Esfandiari é diretora do Programa do Oriente Médio do centro de estudos Woodrow Wilson International, cuja sede fica em Washington. As autoridades iranianas entregaram o passaporte de Esfandiari no último sábado. A acadêmica deixou o país no dia seguinte, rumo à Áustria, onde se reencontrou com o marido antes de voltar aos Estados Unidos. Os problemas de Haleh Esfandiari no Irã (estado islâmico facista) começaram quando três homens mascarados ameaçaram matá-la no dia 30 de dezembro de 2006, quando ela acabava de chegar no aeroporto de Teerã. A pesquisadora iria visitar a mãe, de 93 anos. Os mascarados levaram a bagagem da acadêmica e seus passaportes, segundo o centro de pesquisas no qual trabalha. Durante várias semanas, Esfandiari foi interrogada por autoridades durante oito horas diárias. A maioria das questões eram sobre as atividades do Programa do Oriente Médio do Centro Woodrow Wilson. Em maio, o Irã confirmou a detenção de Haleh Esfandiari e divulgou as acusações contra ela.

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