PMDB do Rio de Janeiro conversa sobre coligação com os Democratas

Dividido, o PMDB do Rio de Janeiro reuniu-se neste domingo para discutir a polêmica proposta de aliança com o Democratas (ex-PFL) nas eleições municipais de 2008. O acordo é costurado desde março pelo prefeito Cesar Maia (Democratas) e o presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), com sinal verde do presidente regional do PMDB, o ex-governador Anthony Garotinho. O governador Sérgio Cabral chegou a participar de encontros com Cesar Maia para discutir o assunto. Mas, nos últimos dias, com a decisão da executiva regional do partido de convocar o diretório para votar a aliança, Cabral passou a bombardear a proposta. O governador vê na união riscos para a parceria do governo estadual com o presidente Lula. A articulação entre PMDB e Democratas visa principalmente a uma candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro. Como Cesar Maia não tem um nome forte para sua sucessão e o PMDB não possui um candidato natural, a aliança passou a ser uma alternativa. A intenção dos democratas é indicar o candidato a prefeito da capital. O vice seria do PMDB. Divergências localizadas podem criar obstáculos para a formação de uma aliança eleitoral entre PMDB e Democratas. A situação mais crítica é em Nova Iguaçu. Os democratas são aliados do PT na cidade. O presidente regional do Democratas, Rogério Lisboa, pode ser o vice do prefeito petista Lindberg Farias, que vai disputar a reeleição. O principal adversário de Farias, o deputado federal Nelson Bornier (PMDB) já disse que só vota na aliança com o Democratas se ela valer também em Nova Iguaçu.