sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Juiz determina reabertura de investigações do assacaso Toninho do PT

Alegando falta de indícios, o juiz de Campinas (SP), José Henrique Torres, decidiu na quarta-feira não aceitar denúncia contra o seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, acusado pelo Ministério Público e Polícia Civil de ser um dos autores do assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT. Em uma sentença de 99 páginas, o juiz determina ainda a reabertura das investigações policiais, que devem ficar a cargo da Delegacia Seccional de Campinas. Toninho foi morto em 10 de setembro de 2001, quando saía de um shopping sozinho em seu carro. De acordo com a denúncia do Ministério Público contra Andinho, apresentada há dez meses, o seqüestrador e outros três comparsas foram os autores dos três disparos contra Toninho. Os promotores queriam júri popular para o denunciado. Dos quatro acusados pelo crime, apenas Andinho continua vivo. Os outros três foram mortos em duas ações policiais. O promotor Ricardo Silvares disse que irá recorrer no Tribunal de Justiça. Apesar de acusarem Andinho, os promotores não estabeleceram uma motivação para o crime. "Vamos recorrer e com certeza o Tribunal de Justiça vai reformar esta sentença, que é um manifesto à impunidade", disse Silvares. A viúva Roseana Garcia fez um apelo para que os promotores não recorram, de forma a não prejudicar a reabertura da investigação. Ela sustenta a tese de que o crime pode ter sido político e disse que as provas contra Andinho são frágeis. Já o inquérito da Polícia Civil, concluído em 2002, aponta que Toninho foi morto porque atrapalhou a fuga da quadrilha de Andinho.

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