domingo, 23 de setembro de 2007

Israel localizou e aprendeu material nuclear em base síria antes de atacar

Comandos israelenses localizaram e apreenderam material nuclear de origem norte-coreana em uma operação sobre uma base militar secreta síria, antes de Israel a bombardear, informa o jornal inglês "Sunday Times". Citando fontes de Washington e Jerusalém, o ''Times" afirma que o ataque de 6 de setembro foi lançado, com aprovação dos Estados Unidos, depois que foram apresentadas provas à Casa Branca de que o material em questão era relacionado ao programa nuclear sírio. Segundo essas fontes, foi estabelecida a origem norte-coreana do material, o que suscitou temores em Israel e nos Estados Unidos de que a Síria esteja se unindo a Pyongyang e Teerã nos esforços de desenvolver a bomba nuclear. Forças especiais israelenses se dedicaram durante meses a obter provas dessas atividades na Síria e finalmente localizaram o material em uma base perto de Dayr az-Zwar, no norte do país. O governo israelense informou ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de que tinha provas da presença de pessoal norte-coreano na Síria. Segundo uma fonte norte-americana, a Casa Branca insistiu em ver as provas antes de dar "aval" à operação israelense. Na semana passada, um alto funcionário sírio, Said Elias Daoud, diretor do partido Baath sírio (este é o partido do qual o PT é associado), voou para Pyongyang via Pequim. Segundo o "Times", isso reforça a opinião de que os dois governos tentam coordenar uma resposta ao ataque israelense. Os comandos israelenses que participaram da primeira operação pertenciam à unidade de elite Sayeret Matkal e estavam vestidos com uniformes do Exército sírio. Israel, que em 1981 bombardeou o reator nuclear iraquiano de Osirak, a 30 quilômetros ao sul de Bagdá, não estava disposto a tolerar que a Síria obtivesse armas nucleares e preparou um ataque contra a base militar secreta. A base ficou totalmente destruída após o ataque, feito com caças F-151 da força aérea israelense. A operação foi dirigida pessoalmente pelo ministro da Defesa, Ehud Barak.

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