quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Cai o terceiro diretor da Anac
Leur Lomanto, diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), renunciou ao mandato na tarde desta quinta-feira. É o terceiro diretor a deixar a agência desde o dia 24 de agosto, quando Denise Abreu renunciou. Lomanto protocolou sua renúncia por volta das 14 horas no Ministério da Defesa. "Apesar do ataque sistemático de várias e poderosas forças, a ANAC vem cumprindo seu papel com eficiência, não se curvando a pressões, quaisquer que sejam, sempre procurando atender ao usuário e proporcionando cenários em que as companhias aéreas pudessem competir com regras claras, dentro de uma economia de mercado. Se colocada em uma balança isenta de paixões e emoções, a ANAC acertou muito mais que errou ao longo de sua trajetória", diz a nota assinada por Lomanto. Sob desgaste profundo por quase um ano de crise aérea, pela tragédia do vôo JJ 3054 e pela acusação de ter apresentado um documento sem validade à desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para obter a reabertura da pista do Aeroporto de Congonhas para a operação de grandes aeronaves, Denise Abreu não resistiu. A norma de segurança falsa tinha como objetivo derrubar a restrição de uso da pista do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), determinada em fevereiro pela Justiça Federal. No dia 28 de agosto, Jorge Luiz Veloso, responsável pela área de segurança da Anac, também deixou o cargo. Como são indicados pelo presidente da República com o aval do Senado Federal, os diretores das agências reguladoras não podem ser demitidos, e assim são obrigados a renunciar. Agora só falta saírem o presidente da Anac, o ultra-incompetente petista gaúcho Milton Zuanazzi, e Josef Barat. A Anac só pode deliberar com, no mínimo, três dos seus cinco diretores. Por essa razão, desde esta quinta-feira, ela está paralisada, é como se não existisse. O presidente Lula também admitiu nesta quinta-feira que o apagão aéreo ainda não acabou. Ele afirmou que seu governo está se empenhando para "arrumar a casa direitinho" em busca de soluções que resolvam a crise, mas concordou que os atrasos devem continuar ocorrendo.
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