quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Procuradora assegura que nenhum laudo atesta segurança do Aeroporto de Congonhas

Fernanda Teixeira Taubemblatt, procuradora da República em São Paulo, disse nesta terça-feira, durante depoimento à CPI do Apagão Aéreo do Senado Federal, que não existem laudos dos órgãos técnicos do governo federal que atestem a segurança na pista do aeroporto de Congonhas (SP) depois da sua reforma. Segundo a procuradora, o Ministério Público de São Paulo pediu o fechamento da pista em conseqüência da dúvida sobre a segurança para o pouso de aeronaves. Disse ela: "Neste momento, a pista continua sendo interrompida quando chove. O meu receio é que, mesmo com o grooving (ranhuras na pista) pronto, haja lâmina d'água". Apesar do pedido para o fechamento da pista, a procuradora disse que a Justiça decidiu liberá-la para pousos e decolagens. "Ingressamos com ação para que a pista só fosse liberada após a conclusão das causas do desastre com o Airbus da TAM, ou se atestasse a segurança da pista. A Justiça entendeu ser necessário aguardar a perícia e liberou a pista", disse ela. Fernanda Teixeira Taubemblatt afirmou que a Infraero tentou fechar a pista de Congonhas em agosto de 2006, mas a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) impediu a reforma com o argumento de que "não era apropriado" inviabilizar o aeroporto nos meses de julho, agosto e setembro. Segundo a procuradora, desde 2004 a Infraero e o extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) já sabiam que a pista necessitava de reformas. Fernanda Teixeira afirmou que a informação sobre a negativa da Anac de fechar a pista para reforma no ano passado foi repassada ao Ministério Público pelo então presidente da Infraero, José Carlos Pereira.

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