sábado, 25 de agosto de 2007

Luiz Gushiken diz que está com a consciência tranquila

O ex-ministro da Comunicação do governo Lula, Luiz Gushiken, divulgou nota na noite desta sexta-feira para comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal que durante a tarde aceitou a denúncia contra ele por participação no esquema do Mensalão. Gushiken vai responder processo pelo crime de peculato. Ele disse que está com a consciência tranqüila, porque não participou de “esquemas ou quadrilhas”. "Não favoreci o desvio de recursos públicos e não descuidei de minhas obrigações legais", afirmou o ex-ministro na nota, divulgada por meio do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Advocacia. Segundo Gushiken, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato (que também já virou réu) fez declarações mentirosas à CPI dos Correios, o que convenceu os ministros a acatarem a denúncia contra ele. Diz a nota: “Quanto à decisão tomada, na data de hoje, por maioria de votos, pelo STF, que recebe a denúncia feita pela Procuradoria da República, manifesto-me da seguinte forma: - o ministro relator do processo foi claro que, se estivesse, na data de hoje, decidindo o processo, teria me absolvido; quatro ministros revisaram o voto do relator, para dizer que não havia nem ao menos um indício confiável que apontasse a necessidade de abertura do processo para prolongamento das investigações contra minha conduta; que o senhor Henrique Pizzolato, autor das declarações que convenceram parte da Corte Suprema a votar pela abertura do processo, mentiu perante a CPMI quando se referiu à minha conduta, ainda que o tenha feito de maneira oblíqua e pouco clara; que, atualmente, movo processo contra o senhor Henrique Pizzolato por essas declarações, pleiteando dele a devida recomposição moral, em face de todos os desdobramentos a mim prejudiciais que as absurdas declarações dele me causaram; que nunca autorizei ou participei de qualquer desmando na gestão das verbas destinadas pelo Banco do Brasil ao Fundo Visanet; que, respondendo à época pela função de ministro da Secom, não tinha poder legal ou mesmo condições materiais para fiscalizar a gestão dessas verbas, o que competia exclusivamente aos órgãos de controle interno do próprio Banco do Brasil e, em sede externa, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público; que sempre estive e continuo com minha consciência tranqüila; não participei de esquemas ou quadrilhas, não favoreci o desvio de recursos públicos e não descuidei de minhas obrigações legais; que continuo confiando firmemente na Justiça e em minha absolvição, pois vi, no julgamento de hoje, que há homens que não se atemorizam em fazer valer a verdadeira Justiça, sem paixões ideológicas e com a devida impessoalidade. São Paulo, 24 de agosto de 2007, Luiz Gushiken".

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