sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Censo da Previdência resulta em economia de R$ 455 milhões

Iniciado em novembro de 2005, o recenseamento dos aposentados já resultou no cancelamento de 518.371 benefícios. A economia para os cofres do INSS é, por ora, de R$ 455,6 milhões por ano. Do total de cancelamentos, 81.301 aposentados foram provocados pela ausência dos beneficiários nas agências bancárias. Nem responderam ao censo. Ou seja, supostamente eram fantasmas pendurados na folha de pagamentos do INSS. Isto é o que imagina o governo Lula. Na verdade, muitas centenas de milhares de pessoas estão impedidas de receber o benefícios porque tiveram seu CPF cancelado. Outras 437.070 aposentadorias foram riscadas dos cadastros da Previdência por razões diversas. Por exemplo: morte dos segurados, inconsistências documentais e dependentes que atingiram a maioridade. Pelos planos da Previdência, serão submetidas à checagem do censo 17,2 milhões de aposentados. Já foram verificados 16,6 milhões de cadastros. Faltam 600 mil. Nesta sexta-feira, o governo convocou, por carta ou edital, 6.076 aposentados ou pensionistas que, embora tenham respondido ao censo, ficaram devendo documentos. Quem ainda não se submeteu ao recenseamento, terá um prazo de 30 dias para fazê-lo. Ou seja, o número de cancelamentos de benefícios deve aumentar. O governo Lula acredita que a alta incidência de fraudes e inconsistências comprova os indícios que vinham sendo apontados, há anos, pelo Tribunal de Contas. Em várias inspeções, o Tribunal de Contas apresentara o cadastro do INSS como uma espécie de queijo suíço. O fato é o seguinte: tudo que o governo Lula conseguiu com este recadastramento foi uma economia de 200 e poucos milhões por ano, enquanto a dívida espetada na Previdência pelos devedores é de mais de 100 bilhões de reais. Sobre esta ninguém ouve falar nada.

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