domingo, 26 de agosto de 2007

Antes do desastre do Airbus A320 da TAM, 11 pousos tiveram problemas em Congonhas

Pilotos de 11 aviões contaram à polícia que enfrentaram dificuldades para pousar no Aeroporto de Congonhas no dia 16 de julho, véspera do desastre com o Airbus A-320 da TAM, que causou a morte de 199 pessoas. Chovia naquele dia, mas de forma moderada. Dois pilotos disseram que por pouco não "vararam" a pista principal. Um terceiro, que comandava o jato ATR-42 da Pantanal, derrapou e parou no gramado ao lado da pista. Na quinta-feira passada, os pilotos que faziam o vôo da Pantanal afirmaram que a culpa pela derrapagem foi da pista escorregadia, um "sabonete". "Todos dizem que, se o grooving (ranhuras que ajudam na drenagem) tivesse sido feito, teriam pousado sem problemas", afirmou o delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º Distrito, que preside o inquérito sobre o acidente. Segundo ele, o número de pilotos que relataram dificuldades indica que havia algo de errado na pista, liberada em 29 de junho, depois de 45 dias de reforma, sem o grooving concluído. A maioria dos pilotos que denunciaram problemas trabalha na TAM, mas há casos envolvendo aviões da Gol e da Varig, além do ATR-2. Na quinta, o delegado ouviu João Batista Nunes Ribeiro, que pousou no dia 16 no comando de um Airbus A-320 da TAM. Quando tocou no asfalto, o avião aquaplanou na pista encharcada: "Só a muito custo ele conseguiu dominar a aeronave”. O Airbus parou a cerca de 200 metros do fim da pista.

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