Pois é… O dólar foi para um novo umbral: passou a linha dos R$ 3,10. Às 15h29, era negociado a R$ 3,1200 para compra e R$ 3,1207 para venda. Reflexo dos desacertos na economia, é claro — é o que está na base —, mas também efeito da tensão política. Essa gente é ruim demais, né? Depois do panelaço da noite deste domingo, convenham, o governo deveria ter vindo a público para dizer algo assim: “As manifestações são democráticas, e tudo faremos para que as pessoas se expressem em ordem e em paz…” Que nada! Aloizio Mercadante preferiu vir com os seus tanques verbais: “não existe terceiro turno”; “nós ganhamos pela quarta vez…”
De resto, as perspectivas econômicas voltaram a se deteriorar segundo o Boletim Focus: de uma semana para outra, a antevisão da recessão neste 2015 passou de 0,58% para 0,66%. Parece pouco? É uma piora de 13%.
Em uma miserável semana, a mediana do IPCA para este ano passou de 7,47% para 7,77%. Há um mês, era de 7,15%. Ou por outra: em 30 dias, saltou 0,62 ponto. Essa é a previsão otimista. No chamado Top 5 — os cinco economistas que mais acertam —, a antevisão do índice pulou de de 7,51% para 7,97%. A expectativa para a Selic segue em 13%, e o dólar, para a turma ouvida pelo Focus, termina o ano em R$ 2,95 — na semana passada, R$ 2,91.
E olhem que a gente tem a impressão de que a acrise apenas começou. Dilma está há apenas três meses no exercício do novo mandato. Por Reinaldo Azevedo
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