Que coisa! Dilma se encontrou hoje com a linha de ataque do Ibis do D (Íbis da Dilma), que tomou do original o posto de o pior time do mundo. Refiro-me ao incrível quarteto que cuida da coordenação política: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Jaques Wagner (Defesa).
Coube a Mercadante ser o orador da turma. Ele deixou claro que o PT não pretende revogar o Artigo 5º da Constituição, o das cláusulas pétreas, e lembrou que manifestar-se é um “direito da população”. Ufa! Mas aí sabem como é…
O homem emendou uma oração adversativa: “Mas a primeira regra do sistema democrático é reconhecer o resultado das urnas. Só tem dois turnos, não tem terceiro turno. Nós vencemos pela quarta vez (as eleições)”.
Que bobagem!
Então sempre que a população se manifesta contra o governo está contestando o resultado das urnas? Na democracia de Mercadante, quem vence fica com todas as batatas, e quem perde deve ser reduzido ao silêncio ou ser extinto.
Notem o raciocínio capcioso: fica parecendo que a legitimidade de um governante aumenta à medida que seu partido vai vencendo novas eleições, como se a reiteração do fato mudasse as leis ou o texto constitucional.
Escrevi nesta manhã que Dilma é hoje uma “mulher dura” (como ela gosta de se definir), cercada de homens incompetentes. Essa não é uma fala de quem busca se aproximar da população. Esse é o texto de quem acredita, no fundo, que uma vitória nas urnas dá ao governante o direito de fazer o que bem entende. Por Reinaldo Azevedo
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