
O advogado Paulo Cunha Bueno, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, fez declarações contundentes sobre a suposta trama golpista que envolve militares. Segundo ele, a verdadeira intenção por trás do golpe não seria beneficiar Bolsonaro, mas sim uma junta militar que estaria agindo em seus próprios interesses. Bueno sugere que o ex-presidente foi traído por esses militares. Recentemente, um documento encontrado com o general Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência, revelou um plano que incluía o assassinato do ex-presidiário Lula. Fernandes, junto a outros militares, foi detido em decorrência dessa conspiração. O conteúdo do relatório levanta sérias questões sobre o conhecimento de Bolsonaro a respeito do plano.
“Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro. Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo”, afirmou.
De acordo com o advogado, há indícios de que Bolsonaro tinha ciência do plano que visava não apenas Lula, mas também seu vice e um ministro do Supremo Tribunal Federal. No entanto, Bueno refutou a ideia de que o ex-presidente estivesse ciente da intenção de assassinato, afirmando que essa informação “nunca chegou ao conhecimento dele”. Bueno também argumentou que Bolsonaro não apoiaria um golpe militar e que ele não tinha a obrigação de denunciar a tentativa de golpe. O advogado acredita que a possibilidade de prisão do ex-presidente é improvável, afirmando que tal medida “não faria sentido” no contexto atual.
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