terça-feira, 19 de novembro de 2024

Reunião do G20 no Rio de Janeiro aprova uma declaração final inócua

 

O G20 aprovou nesta segunda-feira (18) a declaração final da cúpula que acontece no Rio de Janeiro.  Entre os destaques, documento reafirma o compromisso do bloco com os objetivos do Acordo de Paris. O texto ainda reforça os esforços dos países do G20 para tributar efetivamente os super-ricos, respeitando a soberania fiscal. A declaração ainda menciona temas como a equidade de gênero e conflitos pelo mundo. O texto pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza e apela por um solução de dois Estados para o conflito entre Israel e o Hamas. O documento, entretanto, não menciona a libertação dos reféns israelenses sequestrados no dia 7 de outubro de 2023. Ou seja, é um texto inócuo e cretino, que ignora olimpicamente a realidade internacional. Por exemplo, os Estados Unidos, na assunção ao poder do republicano Donald Trump, dentro de pouco mais de um mês, se retirará do Acordo de Paris. 

Sobre a guerra na Ucrânia, a declaração afirma: “saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações”. O texto não menciona a Rússia. E tampouco a invasão que promoveu na Ucrânia, como antes já tinha tomado contra do território da Criméia. O grupo das maiores economias do mundo ainda cita os esforços para fortalecer a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança da ONU. Isto acontece no momento em que a ONU mais perde importância no mundo inteiro desde a sua fundação. 

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