sexta-feira, 9 de setembro de 2022
Europa estoca gás em alto-mar devido ao risco de racionamento nos próximos meses frios
As concessionárias com alta demanda por energia na Europa começaram a estocar gás natural liquefeito (GNL) em alto-mar, uma alternativa para substituir o gás russo no inverno. Com a escassez do combustível, essa é a alternativa adotada para acumular suprimentos no Hemisfério Norte. Os volumes de GNL no chamado armazenamento flutuante global atingiram 1,4 milhão de toneladas em 2 de setembro, o maior nível em dois anos, segundo a empresa de inteligência energética Kpler. O volume é quase igual ao total de importações da Espanha em agosto.
Há pelo menos nove embarcações com GNL estocado no oceano, de acordo com dados divulgados pela agência de notícias Bloomberg. O navio-tanque British Partner estava ancorado no Mar da China Meridional neste mês, depois de receber uma carga de gás de Omã e do Catar por meio de uma transferência de navio para navio perto da Malásia. Enquanto isso, o Aristidis I está ancorado no Caribe com gás originário da República Dominicana e dos Estados Unidos.
A estratégia, utilizada com frequência no mercado de petróleo, é rara no caso do gás, porque o combustível líquido evapora lentamente nos navios, o que dificulta longos períodos de armazenamento.
A medida foi adotada porque não é possível importar o combustível para estocá-lo em terra, já que os terminais estão no limite, portanto, as concessionárias optam por pagar para manter os navios nas proximidades. Os preços do gás natural na Europa e na Ásia são negociados em máximas para esta época do ano diante do corte da oferta da Rússia para clientes importantes, o que aumenta a concorrência por remessas de GNL de fornecedores como Estados Unidos, Nigéria e Catar.
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