A China está dando passos largos na construção de um megalaboratório na Província de Sichuan. O laboratório vai produzir energia limpa a partir de fusão nuclear. As novidades do projeto foram divulgadas na sexta-feira 9, por Peng Xianjue, professor da Academia Chinesa de Engenharia Física. A medida representa um avanço significativo para a China. O país é responsável pela produção de 11% do CO2 global, de acordo levantamento publicado pela Carbon Brief. A energia por fusão nuclear é considerada muito limpa.
Além de poluir menos, o projeto também deve gerar mais energia do que as demais fontes adotadas na China. O megalaboratório vai contar com uma máquina tecnológica conhecida como Z-pinch — que replica as reações de fusão de uma bomba termonuclear por meio da pressão magnética criada por um pulso elétrico extremamente forte.
Segundo o professor Peng Xianjue, o aparelho reproduz 50 milhões de amperes de eletricidade. O valor representa cerca de duas vezes mais do que a energia produzida por um dispositivo semelhante à Z-pinch instalado nos Laboratórios Nacionais de Sandia, do Departamento de Energia dos EUA. A fusão nuclear consiste em forçar dois núcleos atômicos a se unirem sob condições intensas. O resultado disso é a criação de um único núcleo, mais pesado, que se converte em energia e, posteriormente, em eletricidade. “A ignição por fusão é um grande tesouro da ciência e da tecnologia no mundo de hoje”, afirma Xianjue.
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