quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Banco Central dos Estados Unidoseleva taxa de juros pela quinta vez consecutiva



O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, para um intervalo de 3% a 3,25%, nesta quarta-feira, 21, e deu sinais de mais aumentos até o fim do ano, podendo atingir 4,4% antes de chegar a 2023. A medida é uma forma de conter a inflação elevada. É a quinta alta consecutiva desde o início do ciclo, em março deste ano. Antes disso, os juros estavam no intervalo entre 0% e 0,25%. Os aumentos também são os primeiros desde 2018. A decisão seguiu as expectativas do mercado, que projeta agora um ciclo ainda mais agressivo do Federal Reserve, especialmente depois que a inflação de agosto — numa taxa anual de 8,3% — mostrou desaceleração em relação a julho (8,5%). É a maior inflação norte-americana em 40 anos, gerada por um descompasso entre oferta e demanda e alta de preços de commodities originados durante a 

Em comunicado divulgado após a decisão, o banco central afirmou que as altas de juros em curso deverão ser apropriadas para levar a inflação de volta à meta, de 2%. Além disso, a instituição disse estar preparada para ajustar a política monetária, conforme for necessário.

A estimativa para a taxa de juros ao fim de 2022 subiu de 3,4% em junho para 4,4%. Para 2023, subiu de 3,8% para 4,6%. Com essas altas, o Fed espera que a inflação termine 2022 em 5,4%, mesma previsão de junho. A taxa de desemprego projetada para este ano subiu de 3,7% para 3,8%. No próximo ano e em 2024, o Fed espera uma taxa de 4,4%. Já a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 teve um corte significativo, caindo de 1,7% em junho para 0,2%, levemente acima de um cenário de recessão. A previsão é de alta de 1,2% em 2023, com a média de longo prazo mantida em 1,8%.

No comunicado, o Fed afirmou que está “altamente atento” a riscos inflacionários e comprometido em controlar a inflação. Destacou, ainda, que a geração de empregos tem sido robusta, mesmo com os juros maiores, e que a taxa de desemprego permanece baixa, além de indicadores recentes terem apontado crescimento no gasto e na produção.

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