O avanço das tropas ucranianas na cidade de Kharviv, nesta segunda-feira, 12, provocou o recuo do Exército da Rússia. Trata-se de mais uma investida de Kiev, que tem o objetivo de retomar os territórios ocupados pelo Kremlin. “Os russos estão correndo tão rápido que estão deixando para trás arsenais de munição inteiros”, informou o Serviço de Inteligência da Ucrânia (SBU). “Sabemos o que fazer com essas munições e certamente as usaremos de acordo com nosso propósito — contra nosso inimigo.”
Desde o início de sua ofensiva, a Ucrânia retomou 9 mil quilômetros quadrados de territórios dominados pelos russos na região de Kharviv. É o maior revés de Moscou desde o início da invasão, em 24 de fevereiro. O avanço rápido dos ucranianos pegou o Kremlin desprevenido. Esse movimento provocou críticas dos apoiadores da Rússia, que não aprovam a forma como a ofensiva militar está sendo conduzida.
Nesta segunda-feira, a Ucrânia publicou imagens de suas tropas inspecionando um armazém cheio de armas e munições russas na cidade de Yzyum, no sudeste de Kharviv, que serviu durante meses como guarnição para Moscou. Kiev retomou pelo menos 30 assentamentos no domingo, 11. Depois de consolidar o controle da região, a Ucrânia terá o desafio de encontrar a mão de obra e as munições necessárias para ampliar suas conquistas.
Autoridades russas de alto escalão admitem que a operação militar na Ucrânia não está caminhando da maneira adequada. Na TV estatal, especialistas pediram uma reavaliação da estratégia militar russa e uma repressão à dissidência nas cidades e vilas ucranianas dominadas pelo Kremlin.
Em discurso proferido no domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elogiou as tropas do país, os combatentes voluntários, os médicos da linha de frente e os oficiais de Inteligência.
“O caminho para a vitória é difícil”, reconheceu o líder ucraniano. “Mas temos certeza: vocês são capazes disso. Chegarão à nossa fronteira, todas as suas seções. Verão o brilho nos olhos de nosso povo. Eles vão chamar isso de ‘gestos de boa vontade’. Chamaremos isso de vitória.”
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