quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Estádio do Bayern de Munique é afetado por corte de gás russo


Os cortes no fornecimento de gás feitos pela Rússia à Alemanha chegaram ao futebol. Um dos maiores clubes do país, o Bayern de Munique, se prepara para ajustar o uso de energia em razão da diminuição do fornecimento energético russo aos europeus. A iluminação principal do estádio do Bayern, por exemplo, a Allianz Arena, será reduzida para poupar o consumo de energia. Antes acesa diariamente por seis horas depois de anoitecer, a luz “vermelha” da arena, que representa a principal cor do time, ficará ligada por três horas. A ventilação e o sistema de ar condicionado serão reduzidos, os camarotes serão resfriados ou aquecidos apenas nos dias em que as empresas anunciarem previamente que usarão os espaços, e somente haverá água fria nos banheiros. “Para atendermos às nossas ambições na área de sustentabilidade, temos trabalhado por muito tempo de várias maneiras, para reduzir o consumo de energia”, disse Jan-Christian Dreesen, vice-presidente de Finanças do clube. “Tendo em vista a atual crise, nós intensificamos a economia energética.”

A Rússia se destaca no cenário mundial por conta da produção de petróleo e da exportação de gás natural. A venda desses combustíveis fósseis tem contribuído para a retomada da economia russa e para a reconstrução de seu poderio militar nas últimas duas décadas. Os países europeus estão entre os maiores importadores de combustíveis fósseis russos. O destaque é o gás natural, importante para geração de eletricidade, funcionamento das fábricas e sistemas de calefação, fundamentais no inverno do continente. 

Como forma de retaliar os europeus por sanções aplicadas contra a Rússia na guerra na Ucrânia, os russos diminuíram o fornecimento dos combustíveis, o que motivou nações europeias a adotarem mudanças para contornar o problema. A produção de energia por meio da queima do carvão, prática que tinha sido reduzida por muitos países havia alguns anos, foi retomada. Na França, o governo vai obrigar as lojas que usam ar-condicionado a manterem as portas fechadas durante o funcionamento e limitarem a iluminação. Já o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, pediu aos espanhóis que evitem o uso de gravatas no trabalho. Segundo Sánchez, a medida reduziria o uso de ar-condicionado, já que sem a gravata as pessoas sentiriam menos calor.

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