terça-feira, 10 de maio de 2022

Estados americanos cortam impostos para combater inflação, enquanto governadores do Brasil mantêm alto o ICMS



Enquanto governadores brasileiros mantêm o ICMS nas alturas, Estados dos EUA decidiram cortar impostos para barrar o avanço da inflação. Em junho, Nova Iorque vai dar início à suspensão de tributos sobre o gás até o fim do ano. Segundo a governadora, Kathy Hochul, a medida economizará cerca de US$ 600 milhões para famílias e empresas. Na Flórida, a tendência é a mesma. Isso porque o governador republicano, Ron DeSantis, eliminou US$ 1,2 bilhão em impostos.

Diferentemente do que defende seu partido, o democrata Tom Wolf pediu a redução gradual da alíquota de impostos corporativos da Pensilvânia de 10% para 5%. O governador disse que pretende tornar o Estado atrativo para investimentos. Segundo reportagem do jornal New York Times, o movimento de reduzir impostos deve continuar, sobretudo porque neste ano os norte-americanos definem congressistas para a Câmara dos Representantes e para o Senado. Os cortes de impostos estaduais estão ocorrendo enquanto o governo Joe Biden luta para responder ao aumento dos preços. Até agora, a Casa Branca resistiu aos pedidos de isenção de impostos sobre o gás

No Brasil, embora os preços dos alimentos e principalmente dos combustíveis esteja cada vez mais alto, os governadores não abrem mão dos altos impostos. No primeiro trimestre de 2022, o principal responsável pela arrecadação recorde foi o ICMS sobre gasolina, etanol, diesel e gás. Esse desempenho representa um aumento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2021. As unidades da federação ganharam mais de R$ 30 bilhões de janeiro a março com o tributo sobre o petróleo, segundo levantamento com base no Boletim de Arrecadação dos Tributos Estaduais. Segundo o levantamento, a participação dos subitens relacionados a combustíveis e lubrificantes dentro do ICMS era de pouco mais de 20% em 2021. Neste ano, passou para cerca de 30%.

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