Em prisão domiciliar por uma série de abusos sexuais contra mulheres durante "atendimentos espirituais", o charlatão João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, o preferido do ministro Luis Roberto Barroso, pediu para converter a união estável que tem com a advogada Lara Cristina Capatto em casamento.
Repercutida na noite desta terça-feira, a notícia causou indignação em um grupo de vítimas do médium, que questiona a “vida normal” levada por ele, mesmo após ser condenado a quase 110 anos de detenção. Em entrevista, a holandesa Zahira Mous, de 38 anos, primeira mulher a dizer publicamente ter sido abusada por João de Deus, afirmou que, apesar de não ser crime a união do acusado, é “antiético vê-lo seguir a vida” enquanto vítimas ainda aguardam um julgamento moroso do caso: "É uma afronta, enquanto mulher e vítima, saber que uma outra mulher, vendo tudo o que aconteceu, ainda assim consiga sublimar tudo e se casar com um agressor. Sinto raiva". relatou Zahira.
O casal tem união estável desde 1º de setembro de 2021 e pediu a conversão em casamento no dia 8 de abril. O processo tinha a previsão de ser concluído nesta quarta-feira. Enquanto João de Deus é mantido preso em sua mansão e formaliza seu casamento, Zahira conta que o seu caso está sendo investigado desde 2018, quando a denúncia foi feita por ela. O último depoimento da vítima aconteceu há dois anos e agora a Justiça precisa ouvir o médium para dar prosseguimento ao julgamento. Desde o início da pandemia, porém, Zahira afirma que não tem atualizações sobre o seu caso, sentimento de impunidade que, segundo ela, se juntou ao fato de o acusado cumprir prisão domiciliar.
"Não perco a esperança, porque sem esperança não tenho nada. Mas com o meu caso parado, quando ele foi para casa eu senti ainda mais que ele seria capaz de continuar as atividades criminosas e abusar de mais pessoas. Prisão domiciliar no Brasil basicamente significa liberdade do indivíduo. Nós, como vítimas, vivemos em prisões de nossa própria mente devido aos traumas, e ele acaba sendo libertado. É doloroso", afirmou a holandesa.
Enquanto vítima, o desejo de Zahira era que João Teixeira de Faria cumprisse sua pena de mais de um século na cadeia. A holandesa fez sua denúncia contra o religioso pelas redes sociais, no início de 2018. Depois de seu depoimento, mais de 400 mulheres denunciaram o médium ao Ministério Público. "Ele deve cumprir sua pena de prisão para o criminoso que ele é. Se ele é saudável o suficiente para se casar, também pode ir para a prisão e cumprir sua pena. Ele é um dos homens mais perigosos do mundo e não merece o luxo de viver em sua mansão", disse Zahira.
O casal tem união estável desde 1º de setembro de 2021 e pediu a conversão em casamento no dia 8 de abril. O processo tinha a previsão de ser concluído nesta quarta-feira. Enquanto João de Deus é mantido preso em sua mansão e formaliza seu casamento, Zahira conta que o seu caso está sendo investigado desde 2018, quando a denúncia foi feita por ela. O último depoimento da vítima aconteceu há dois anos e agora a Justiça precisa ouvir o médium para dar prosseguimento ao julgamento. Desde o início da pandemia, porém, Zahira afirma que não tem atualizações sobre o seu caso, sentimento de impunidade que, segundo ela, se juntou ao fato de o acusado cumprir prisão domiciliar.
"Não perco a esperança, porque sem esperança não tenho nada. Mas com o meu caso parado, quando ele foi para casa eu senti ainda mais que ele seria capaz de continuar as atividades criminosas e abusar de mais pessoas. Prisão domiciliar no Brasil basicamente significa liberdade do indivíduo. Nós, como vítimas, vivemos em prisões de nossa própria mente devido aos traumas, e ele acaba sendo libertado. É doloroso", afirmou a holandesa.
Enquanto vítima, o desejo de Zahira era que João Teixeira de Faria cumprisse sua pena de mais de um século na cadeia. A holandesa fez sua denúncia contra o religioso pelas redes sociais, no início de 2018. Depois de seu depoimento, mais de 400 mulheres denunciaram o médium ao Ministério Público. "Ele deve cumprir sua pena de prisão para o criminoso que ele é. Se ele é saudável o suficiente para se casar, também pode ir para a prisão e cumprir sua pena. Ele é um dos homens mais perigosos do mundo e não merece o luxo de viver em sua mansão", disse Zahira.
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