O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira, 19, uma revisão de seu prognóstico para a economia mundial em 2022. Segundo o relatório, a previsão de crescimento do Brasil para o ano subiu para 0,8%. Em janeiro, o FMI havia informado que a economia brasileira cresceria 0,3% no ano, em projeção realizada ainda antes do conflito entre Rússia e Ucrânia, que trouxe consequências econômicas para o cenário internacional.
No entanto, a previsão sobre 2023 para o Brasil apresentou uma leve queda. Em janeiro, o fundo projetava crescimento de 1,6% no próximo ano. Já nesta terça-feira, o novo relatório trouxe a projeção de 1,4% para a economia brasileira. Entre as economias estrangeiras, destaque para a projeção a respeito da Rússia. A expectativa do FMI é que o país apresente queda de 8,5%, em decorrência das sanções ocidentais por causa da guerra na Ucrânia. Mas, segundo o FMI, o conflito afeta o mundo de forma geral. “Os efeitos econômicos da guerra estão se espalhando por toda parte”, disse a organização, no relatório.
O fundo agora espera que a economia mundial cresça 3,6% em 2022 e 2023, em desaceleração, na comparação com o crescimento de 6,1% em 2021. As novas projeções refletem reduções de 0,8 e 0,2 pontos porcentuais, respectivamente, em relação à previsão de janeiro.
Inflação e desemprego
O relatório divulgado nesta terça-feira também trouxe projeções do FMI a respeito de outros indicadores da performance econômica do Brasil. O fundo estima inflação de 8,2% no país neste ano e de 5,1% em 2023. As duas projeções, dessa forma, ficam acima das metas oficiais do governo brasileiro — 3,50%, em 2022, e 3,25%, em 2023, em inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “O Brasil respondeu à inflação mais alta elevando os juros em 9,75 pontos porcentuais ao longo do último ano, o que pesará sobre a demanda doméstica”, disse o FMI, no relatório. Segundo o FMI, a taxa de desemprego no Brasil vai ser de 13,7% neste ano e 12,9% em 2023.
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