
Durante um debate na Fundação Perseu Abramo, o ex-presidiário Lula saiu em defesa do aborto. “Deveria ser transformado em uma questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha”, disse ele, na terça-feira 5. Segundo o petista, as mulheres pobres morrem tentando fazer o aborto, enquanto as ricas conseguem em outro país: “Se eu não quero ter um filho, vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro”, afirmou: “O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”.
O ex-presidiário Lula criticou ainda as chamadas “pautas da família” e as chamou de “retrógradas”. “Essa pauta da família, pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada, e ela é autorizada por um homem que não tem moral para fazer isso”, afirmou. “Ele não cuidou dos filhos dele”, disse o ex-presidiário Lula, em alusão ao presidente Jair Bolsonaro.
“A sociedade evoluiu muito, os costumes evoluíram muito e precisamos ter coragem para fazer esse debate”, observou. A declaração rendeu uma nota de repúdio de Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: “A pauta do ex-presidente sempre foi a cultura da morte”, disse ela, com toda razão.
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