Um ataque de mísseis da Rússia destruiu uma planta de manutenção de caças MiG-29 Fulcrum em Lviv, no oeste da Ucrânia, na manhã de sexta-feira (18). O ataque foi confirmado pelo prefeito da cidade Andriy Sadovyi. Ninguém se feriu. Segundo o governo ucraniano, seis mísseis de cruzeiro Kh-555 foram disparados contra a Fábrica Estatal de Reparação de Aeronaves de Lviv, adjacente ao Aeroporto Internacional Danylo Halytskyi.
O Ministério da Defesa Ucraniano disse que os mísseis foram disparados a partir do Mar Negro, provavelmente por bombardeiros russos. Dois teriam sido destruídos pelas defesas aéreas ucranianas.
“Vários mísseis atingiram a planta de reparos de aeronaves. Seus prédios foram destruídos pelas explosões. O trabalho ativo da planta já havia sido interrompido. Equipes de resgate e serviços públicos relevantes estão trabalhando no local”, disse Sadovyi. O prefeito acrescentou que o ataque não deixou qualquer vítima.
Imagens de satélite obtidas pelo portal The War Zone mostram que o hangar e um prédio da companhia de manutenção foram completamente destruídos pelo ataque russo. Um míssil também caiu no pátio de aeronaves, deixando uma cratera em frente aos antigos caças MiG-23 já desativados.
O site também observa que este não é o primeiro ataque à estrutura de manutenção dos aviões de combate da Ucrânia. No dia 11, mísseis russos atingiram a planta de manutenção de motores em Lutsk. A instalação era a única no país capaz de realizar manutenção pesada nos motores AL-21, AL-31 e RD-33 dos aviões Su-24, Su-27 e MiG-29.
O ataque também chama atenção pela distância de Lviv com a Polônia. Apenas 70 Km separam a maior cidade do oeste da ucrânia do país que é membro da Otan. Lviv também virou um ponto de concentração dos refugiados que tentam sair do país. Segundo o prefeito, a cidade de 700.000 habitantes já está abrigando mais de 200.000 refugiados.
Ao mesmo tempo, a região também uma importante rota para os comboios de apoio militar da OTAN, que levam mísseis antiaéreos, antitanque e demais equipamentos militares às tropas ucranianas. A ação de apoio da aliança militar liderada pelos EUA tem irritado Moscou, que já ameaçou atacar os caminhões.
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