De acordo com a Petrobras e a SBM, o FPSO Cidade de Anchieta só voltará a operar quando um plano de ação for aprovado junto às autoridades brasileiras. O vazamento de petróleo foi provocado por furos nos dois tanques do navio-plataforma, que já foram cobertos. De acordo com a SBM, dois reparos temporários foram realizados no casco do navio, para solucionar o problema, e a situação se encontra sob controle.
Em um sobrevôo realizado no dia 9 de fevereiro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que foi identificada uma mancha pequena de petróleo, com volume estimado em 7 litros, e que a mesma foi observada apenas nas proximidades do navio: “Não houve toque de óleo da costa, e a simulação não indica possibilidade de que ocorra”.
Segundo a Agência, não há vazamento no momento, “embora tenham surgido feições de tamanho reduzido, de óleo remanescente, possivelmente agregado ao casco”. Informou também que embarcações de apoio realizaram a dispersão do óleo vazado. Além disso, há embarcação de monitoramento costeiro.
A agência também revogou a permissão de funcionamento da embarcação. “Após a realização do reparo permanente, a conclusão da investigação e a submissão de estudos que configurem a restituição da unidade à condição segura, a ANP reavaliará a situação da permissão”, informou.
A SBM Offshore informou, em nota, que, após identificar o vazamento, “medidas antipoluição adequadas foram tomadas imediatamente, tendo sido efetivas”. Ainda segundo a operadora, a situação se encontra sob controle, com dois reparos temporários realizados no casco.
“O FPSO vai reiniciar as operações assim que o plano de ação acordado for aprovado pelas autoridades brasileiras”, informou a SBM. Uma nota semelhante havia sido enviada pela Petrobras na noite do dia 9 de fevereiro, que, na ocasião, não esclareceu qual a origem do vazamento. Ainda segundo informações da estatal, o navio opera exclusivamente em poços do pré-sal, e produz petróleo e gás a partir da extração dos campos de Baleia Azul, Jubarte e Pirambu, na região conhecida como Parque das Baleias.
A capacidade operacional máxima instalada no FPSO Cidade de Anchieta é de 100 mil barris por dia de óleo e 3,5 milhões m3 gás. Sua produção ocorre numa profundidade de lâmina d’água de aproximadamente 1.270 metros e teve início no ano de 2012.
Praias do Nordeste estão sendo afetadas com manchas de petróleo cru. O episódio faz lembrar o desastre ambiental ocorrido em 2019. No sábado, já foram identificadas 64 praias do Ceará poluídas pelas manchas de óleo – é o segundo evento deste tipo somente em 2022 no estado.
No último sábado (12), apenas 10 praias estavam próprias para banho em Fortaleza. As praias mais atingidas no Ceará são do trecho Leste, que engloba as praias do Futuro, Serviluz e Sabiaguaba, as quais estavam impróprias para uso. Cerca de 4 mil litros de petróleo cru tinham sido retirados das praias neste final de semana.
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