A polícia francesa fez operações na manhã desta segunda-feira (19) contra dezenas de integrantes do movimento terrorista islâmico, anunciou o ministro do Interior, Gérald Darmanin. As buscas, que prosseguirão nos próximos dias, visam terroristas que postaram nas redes sociais mensagens de apoio à decapitação do professor Samuel Paty na sexta-feira (16).
Desde o assassinato, mais de 80 investigações foram abertas por ódio na internet, explicou Darmanin. O ministro propõe a dissolução de várias associações consideradas "inimigas da República", incluindo o "Coletivo contra a Islamofobia na França" (CCIF). O CCIF, criado em 2003 para prestar assistência jurídica às vítimas de atos ilegais considerados islamofóbicos, foi a associação procurada pelo pai de uma estudante do ensino médio de Conflans-Saint-Honorine, onde ocorreu o crime da decapitação.
Em 7 de outubro, em uma mensagem no Facebook, o pai exortou os seus “irmãos e irmãs” a escreverem “pelo menos uma carta ao colégio, ao CCIF, à inspeção acadêmica, ao ministro da educação ou ao presidente”, pedindo a expulsão do professor da escola.
No dia 11 de outubro, ele repetiu a mensagem: “Se você quer nos apoiar e nos ajudar, sejamos muitos a registrar uma reclamação e dizer 'não mexam com os nossos filhos'". O pai da estudante e o terrorista Abdelhakim Sefrioui, "claramente lançaram uma fatwa" (ameaça de morte baseada na lei islâmica) contra Samuel Paty por mostrar caricaturas do profeta Maomé em sala de aula, afirmou Gérald Darmanin.
Os dois homens estão entre os onze terroristas mantidos sob custódia para a investigação, suspeitos de ter relação com o ataque, incluindo os pais, o avô e até o irmão menor de idade do terrorista.
No domingo (18), o presidente francês, o muito covarde, vacilante Emmanuel Macron, e seu governo prometeram respostas políticas "a curto e médio prazos". Para Marwan Muhammad, ex-diretor executivo do CCIF, a entidade está sendo questionada com um objetivo específico. "O que se quer é envolver o CCIF para derrubá-lo. Mas não vejo em que base jurídica ele poderia ser dissolvido", afirmou.
O crime chocou a França, provocando uma onda de manifestações pelo país. Apesar da ameaça do coronavírus, milhares de pessoas saíram às ruas nas principais cidades francesas no domingo (18) para homenagear Samuel Paty.
As autoridades tratam o crime como um ato terrorista islâmico. Tudo aconteceu em plena rua, a 300 metros da escola Bois d'Aulne, onde a vítima ensinava história e geografia, em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena cidade de 35 mil habitantes, a 50 quilômetros de Paris.
Na capital, as homenagens aconteceram na Praça da República, que ficou lotada. Os participantes exibiam cartazes com mensagens como “Je Suis Prof” (sou Professor), “Je Suis Samuel” (sou Samuel) e "Não ao totalitarismo de pensamento".
Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio e cantaram a Marselhesa, o hino nacional francês. “Nós não temos medo. Vocês não nos dividirão”, afirmou o premiê, Jean Castex, pelo Twitter, enquanto participava da manifestação na Praça da República, tradicional ponto de protestos da capital francesa.
O evento reuniu políticos de todas as tendências, além da prefeita de Paris, a esquerdopata socialista Anne Hidalgo, e o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. Alunos, pais, colegas e amigos Samuel Paty o descreveram como um homem gentil, apaixonado pela profissão. O professor era casado e tinha filhos. Seus alunos tinham, em média, 13 anos de idade.
Após o professor mostrar as caricaturas em sala de aula, onde havia estudantes muçulmanos, alguns pais demonstraram indignação. O pai, que postou vídeos na internet para denunciar a postura de Paty, prestou queixa contra o professor.
O terrorista autor do ataque, de 18 anos, não estudava no local. Abdullakh Abouyezidovitch era checheno. O jovem era conhecido dos serviços da polícia francesa. Ele chegou com seus pais à França há 12 anos, onde a família obteve um visto de refugiados, há 10 anos.
O documento foi renovado em março de 2020. Embora não tivesse antecedentes criminais, Abdullakh já havia cometido delitos leves. Ele acabou sendo morto pela polícia, logo após o assassinato de Samuel Paty. Os policiais encontraram a vítima decapitada nas proximidades da escola.
Os agentes tentaram prender o jovem checheno, que os ameaçou, levando os policiais a dispararem diversas vezes contra ele, que morreu na hora. Abdullakh estava armado com uma faca de cozinha e gritou "Alá é o maior" antes de ser morto pelos policiais.
O presidente Emmanuel Macron, um covarde e pusilânime, que visitou o local do crime, disse que o professor “foi morto porque ensinava a liberdade de expressão, a liberdade de acreditar ou não”. O assassinato do professor aconteceu três semanas após duas pessoas terem ficado feridas em um ataque com faca, em Paris, perto da antiga sede da revista satírica Charlie Hebdo, que virou alvo de extremistas depois de publicar charges com a figura do profeta Maomé.
O ataque foi realizado por um paquistanês, de 25 anos. O autor disse que queria se vingar da republicação de caricaturas de Maomé, em setembro, no momento da abertura do processo sobre o atentado contra a revista.
Em janeiro de 2015, a Charlie Hebdo foi atacada por dois jihadistas, que fizeram um massacre, matando alguns dos mais famosos cartunistas da França.
O governo francês vai ordenar a expulsão de 231 extremistas que integram a chamada a lista S (de Segurança de Estado) de pessoas radicalizadas. Desta lista, 180 pessoas estão atualmente presas. Os outros 51, ainda estão foragidos. Além disso o governo diz estar atento ao financiamento do terrorismo em solo europeu. Tudo balela, mentira atrás de mentira, porque esse governo de Macron é absolutamente incapaz de tomar qualquer medida mais efetiva contra a islamização que toma conta da França.
O Palácio do Eliseu anunciou que uma homenagem nacional será prestada na próxima quarta-feira (21), em coordenação com a família do professor assassinado. Desde 2015, a França sofre uma série de ataques extremistas que deixaram, até agora, 258 mortos.
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