quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Glenn Greenwald alega censura e anuncia saída do Intercept


Ator principal na publicação do hackeamento de conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato, o jornalista Glenn Greenwald anunciou, nesta quinta-feira (29), sua saída do site The Intercept, que ajudou a fundar. Em um longo texto de despedida, Glenn Greenwald alega que teve nesta semana um artigo censurado pelos editores norte-americanos em que tecia críticas ao candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden. O jornalista norte-americano ficou conhecido em 2013 após publicar uma série de reportagens sobre programas de vigilância dos Estados Unidos e da Grã Bretanha pelo jornal The Guardian. Radicado no Rio de Janeiro, ele é casado com o deputado federal David Miranda (Psol-RJ).

“A causa final e precipitante é que os editores do The Intercept, em violação do meu direito contratual de liberdade editorial, censuraram um artigo que escrevi esta semana, recusando-se a publicá-lo a menos que eu removesse todas as seções críticas ao candidato democrata à presidência, Joe Biden, o candidato apoiado veementemente por todos os editores da Intercept de Nova York envolvidos neste esforço de supressão.

O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden. Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu co-fundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual separado de publicar este artigo com qualquer outra publicação". Ele agora experimentou da própria receita. 

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