Maior projeto científico em desenvolvimento no Brasil, o Sirius tem a função de gerar um tipo especial de luz, a luz sincroton, de amplo espectro e altíssima intensidade, que ajuda a revelar estruturas de diversos tipos de partículas, orgânicas e inorgânicas, podendo ser usada em múltiplas aplicações científicas, como medicina, biologia, agricultura, entre outras.
A linha de luz Manacá, inaugurada oficialmente durante a cerimônia, é a primeira estação de pesquisa em uso no Sirius, mas já vem sendo usada em caráter emergencial desde julho, para apoiar pesquisas relacionadas à covid-19.
"Falta-nos palavras para definir essa obra, mas ela materializa para todos nós o futuro. Isso bem demonstra a capacidade do homem, em especial do engenheiro, do pesquisador, do cientista brasileiro", afirmou Bolsonaro em um breve discurso.
A nova estação do Sirius está equipada com instrumentos que permitem revelar estruturas tridimensionais de proteínas e enzimas humanas e patógenos com resoluções que não podem ser obtidas em equipamentos convencionais.
Uma das técnicas disponíveis permite revelar a posição de cada um dos átomos que compõem uma determinada proteína estudada, suas funções e interações com outras moléculas, que podem ser usadas como princípios ativos de novos medicamentos.
Até o momento, a Manacá recebe excepcionalmente propostas relacionadas à covid-19, uma resposta emergencial à pandemia. A intenção é receber propostas de outros objetos de estudo na sequência da cerimônia que marca o início das pesquisas científicas na linha de luz Manacá.
Além do LNLS, o CNPEM concentra outros três laboratórios de referência mundial e abertos à comunidade científica e empresarial: o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que desenvolve pesquisas com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), que pesquisa soluções biotecnológicas para o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis avançados, bioquímicos e biomateriais, empregando a biomassa e a biodiversidade brasileira; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), que realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o País.
"Esse centro, com a ajuda de tantas outras organizações, consegue colocar o Brasil na ponta, em termos de aceleradores de partículas. Junto com outros laboratórios, de biorenováveis, nanotecnologia, biociências, esse centro realmente é capaz de levantar o Brasil em biotecnologia e transformar essa região em polo de biotecnologia", destacou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. "Estamos conversando sobre, quem sabe no entorno dessa região, termos o Vale do Silício da Biotecnologia. Os diferenciais que o Brasil têm, que vão permitir que ele se posicione no mundo de uma maneira diferenciada, são a sua biodiversidade, os seus biomateriais", afirmou Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CPEM. (Ag. BR)
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