Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 38,9 bilhões em setembro, comparativamente a R$ 25,4 bilhões no mesmo mês de 2019, elevação influenciada pela evolução desfavorável do resultado das operações de swap cambial (perda de R$ 12,9 bilhões em setembro de 2020 e ganho de R$ 1,2 bilhão em setembro de 2019). Nos últimos doze meses, os juros nominais atingiram R$ 335,7 bilhões (4,65% do PIB), comparativamente a R$ 360,0 bilhões (5,03% do PIB) no acumulado até setembro do ano anterior.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 103,4 bilhões em setembro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 991,0 bilhões (13,74% do PIB), elevando-se 0,77 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado até agosto.
A Dívida Líquida do Setor Público alcançou R$ 4.432,4 bilhões (61,4% do PIB) em setembro, aumento de 0,8 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, em especial, os impactos do déficit primário (aumento de 0,9 p.p.), dos juros nominais apropriados (aumento de 0,5 p.p.) e da desvalorização cambial de 3,1% (redução de 0,6 p.p.). No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 5,8 p.p., em função, sobretudo, do déficit primário acumulado (aumento de 8,8 p.p.), dos juros nominais apropriados (aumento de 3,5 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (aumento de 0,3 p.p.), do efeito da desvalorização cambial acumulada de 39,9% (redução de 6,0 p.p.) e do ajuste da paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,8 p.p.).
A Divida Bruta do Governo – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – alcançou R$ 6.533,7 bilhões em setembro, equivalente a 90,6% do PIB, aumento de 1,8 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa evolução decorreu principalmente de emissões líquidas de dívida bruta (aumento de 1,4 p.p.), da incorporação de juros nominais (aumento de 0,4 p.p.) e do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,2 p.p.). No ano, o aumento de 14,8 p.p. na relação DBGG/PIB resultou, em especial, das emissões líquidas de dívida (aumento de 9,1 p.p.), da incorporação de juros nominais (aumento de 3,4 p.p.), da desvalorização cambial acumulada (aumento de 1,9 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (aumento de 0,5 p.p.).
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